A Assembleia Geral da ANPUR, ocorrida no Auditório do Instituto de Economia da Unicamp, elaborou o manifesto intitulado “Carta de Campinas”. O material contém as discussões e a posição da entidade e seus integrantes frente à situação da pós-graduação no Brasil (abaixo, o conteúdo integral da Carta). A Assembleia ocorreu durante o IX Seminário de Avaliação do Ensino e da Pesquisa em Estudos Urbanos e Regionais e do III Encontro das Revistas Científicas de Planejamento Urbano e Regional, realizados de 16 a 18 de maio, na Unicamp, com a participação de representantes dos Pós-Graduação da área do Planejamento Urbano, Regional e Demografia. O documento foi encaminhado para a SBPC – Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e para o FCHSSA – Fórum de Ciências Humanas, Sociais e Sociais Aplicadas, das quais a ANPUR é signatária.
Mais informações sobre os eventos no link http://anpur.org.br/ixsepepur/
CARTA DE CAMPINAS
A Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional
(ANPUR) reunida em Assembleia Geral no Auditório Zeferino Vaz do Instituto de Economia
da Universidade Estadual de Campinas, São Paulo, considerando o estado de exceção que
o país está passando desde o golpe de 2016, que vem retirando direitos, dilapidando as
riquezas nacionais, sucateando as instituições e desmontando o aparato público, e, em
especial a universidade pública, sujeita à truculência das ações judiciais e policiais que vem
sendo realizadas, vem manifestar a sua posição sobre os seguintes pontos:
- Pela defesa do Estado de Direito e da Democracia;
- Pela defesa da Universidade Pública e Gratuita;
- Pela revogação de Emenda Constitucional nº 95;
- Pela conclamação da Comunidade Universitária à formulação de narrativas que se
oponham àquelas permanentemente veiculadas pela grande mídia, que têm procurado
desqualificar o trabalho sério competente e o reconhecimento internacional do ensino,
da pesquisa e da extensão universitários nacionais;
- Pelo compromisso de permanecer pensando as cidades e o território numa perspectiva
crítica, que respeite as diferenças sociais e culturais, em busca da justiça social,
contrapondo-se àquelas que defendem a manutenção das desigualdades e a
hegemonia das elites econômicas e financeiras nacionais e internacionais.
Campinas, 18 de Maio de 2018.