Ipea debate manifestações

Entidades discutiram, em conjunto, a relevância política e social dos protestos das últimas semanas.

 Os protestos recentes e suas repercussões para a agenda e as políticas públicas fizeram os pesquisadores do Ipea e integrantes de movimentos sociais e outras entidades debateram, em conjunto, a relevância política e social das manifestações populares recentes ocorridas em mais de cem municípios brasileiros.

Militantes do Comitê Popular da Copa, do Movimento Passe Livre, do Brasil em Desenvolvimento, do Juntos.org.br, além de pessoas que estudam manifestações de ruas e movimentos populares, contribuíram para a discussão, fornecendo dados e impressões obtidas por meio da experiência na organização das manifestações que ganharam enorme proporção nas últimas semanas, em todo o Brasil.

Os pesquisadores do Ipea receberam diversas demandas referentes à necessidade de se estudar esse fenômeno social, bem como avaliar a possibilidade e as alternativas para que o governo federal atenda as reinvindicações, como, por exemplo, o transporte público, gratuito e universal, uma das bandeiras dos protestos.

Antônio Lassance, pesquisador do Instituto, afirmou que o papel do Ipea, neste momento, é o de ouvir os participantes das manifestações, para tentar contribuir com as questões levantadas.

Joana Alencar, técnica de Planejamento e Pesquisa do Instituto, organizadora da mesa de diálogos, acredita que a participação dos militantes no debate abriu novas possibilidades de pesquisas quanto à participação dos cidadãos na gestão do país. O prognóstico foi reforçado por Fábio de Sá, presidente da Associação dos Funcionários do Ipea (Afipea), que também contribuiu para as discussões.

Fonte: Ipea