Dados e Mapas de Santa Cruz do Sul

Os dados sociodemográficos, os mapas temáticos e os breves textos analíticos que aqui estão disponibilizados se referem ao território da cidade de Santa Cruz do Sul, mais exatamente aos bairros da cidade localizados no perímetro urbano do município.

Os dados são oficiais e foram obtidos junto ao IBGE (Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia), através de pesquisa nos  resultados do seu último Censo Demográfico, realizado em 2010, bem como há dados que foram obtidos junto à Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão (SPOG) de Santa Cruz do Sul, e ao Ministério da Saúde, no DATASUS, o que permitiu, quando foi possível, uma atualização  dos dados. 

Os dados obtidos junto ao IBGE precisaram ser ajustados de modo a contemplar a nova divisão de bairros da cidade realizada em 2010, uma vez que os dados coletados pelo IBGE, por setores censitários, foram agrupados segundo a anterior divisão de bairros. Após a coleta, sistematização dos dados, os mesmos foram organizados em planilhas, e posteriormente, foram utilizados para a confecção, através do software QGIS,  de mapas temáticos que permitissem uma espacialização dos resultados das variáveis selecionadas no mapa dos bairros da cidade.

Os dados sociodemográficos das variáveis selecionadas pela equipe estão representados em mapas, acompanhados dos respectivos textos analíticos. Os dados foram agrupados em temas, de modo a facilitar a consulta e a obtenção das informações pelo público.

A escolha dos dados e a definição dos mapas, inicialmente aqui apresentados, levou em conta aquelas variáveis e dimensões, que para a equipe do projeto, são relevantes para a análise social e espacial da população e do espaço da cidade, nesse contexto de pandemia do COVID-19, de modo a fornecer informações científicas ao público em geral e subsídios para a tomada de decisão dos gestores públicos na implementação de políticas públicas que visem a prevenção, a mitigação e o controle dessa doença na cidade e município de Santa Cruz do Sul.

Os dados secundários das variáveis selecionadas que foram coletados para a realização dos mapas e que orientaram a análise, estão organizados em planilhas disponíveis para consultas, no link “Planilhas de dados”. 

Para realizar o download dos mapas temáticos e textos interpretativos de cada tema, clique com o botão direito do mouse sobre o hyperlink e selecione “Salvar link como…”.

Gráfico 1 – Evolução quinzenal do número de casos COVID-19 em Santa Cruz do Sul

O Gráfico 1 sistematiza o comportamento quinzenal do número de contágio e óbitos do COVID-19, bem como sua variação percentual e média móvel. O período corresponde ao intervalo de vinte e seis quinzenas, entre os meses de março/2020 a março/2021. No decorrer do tempo houve um acentuado crescimento em números nominais (1 caso de contágio na 2º quinzena, para 267 casos na 12º quinzena), porém os maiores picos de contágio observados se dão entre as quinzenas (18º a 25º), com substancial números nominais, inclusive ultrapassando a 2000 casos na (24º e 25º) quinzenas. Em relação a variação percentual, que indica o ritmo do contágio, observa-se que a partir da (14º até 19º) quinzenas, acentuou-se as incidências em patamares significativos, embora tenha ocorrido um arrefecimento na comparação entre as quinzenas (19º a 22º) os números absolutos ficam acima de 700 casos, sendo que na sequência o comportamento volta a mostrar crescimento vertiginoso. A média móvel indica tendência de decrescente, porém em números próximos de 1.500 casos, embora a irregularidade do comportamento até então sistematizado, da mesma forma pode vir a distorcer essa métrica. Em relação ao número de óbitos, a frequência ocorreu entre os intervalos das seguintes quinzenas (5º), (10º a 12º), (14º a 15º), (17º a 26º), sendo que as quinzenas (21º, 24º, 25º, 26º) destacam-se negativamente, com significativas perdas humanas respectivamente.

Gráfico 2 – Evolução acumulada do número de casos COVID-19 em Santa Cruz do Sul

Em relação a evolução acumulada dos casos de COVID-19, os dados demonstram através do Gráfico 2 que inobstante tenha ocorrido crescimento constante em números nominais (1 caso de contágio em março/2020, para 11.555 caso em março/2021), o ritmo de crescimento entre os meses observados, vem oscilando de maneira a não sinalizar de forma clara seu comportamento futuro, embora deva ser destacado que a média móvel, mantenha tendência de crescimento acentuado. O número de óbitos acumula são de 155, sendo que somente no último mês foram 86 perdas humanas.

1. Evolução do número de casos da Covid-19 nos bairros e distritos de Santa Cruz do Sul

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O Gráfico abaixo retrata a distribuição percentual de contágio por bairro e o percentual acumulado sobre o total. Os dados demonstram que a maior concentração de casos está distribuída em vinte bairros (Centro até Margarida Aurora), representando (80%) do total de contágio. Os demais bairros (Independência até o Distrito Rio Pardinho) concentram as demais incidências (20%), em uma distribuição relativamente uniforme, com três bairros (Santuário, Rauber, Boa Vista) e os Distritos (Monte Alverne, Rio Pardinho), correspondendo entre (0,5%) e (0,1%) dos casos. O que chama atenção é a incidência no Centro (14%), figurando como o mais representativo, sendo que o segundo, Arroio Grande tem (8%) o significa aproximadamente (57%) menos ocorrência do que o Centro.

2. Distribuição espacial da população urbana

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Conhecer como está distribuída a população na cidade de Santa Cruz do Sul, e quais são os bairros mais populosos ajuda a identificar as áreas da cidade que mais concentram pessoas, e que possuem maior número de moradores por domicílios, e portanto que apresentam maior potencial de risco de contaminação e de propagação do Covid-19 na cidade. Dentre os bairros da cidade que exigem mais atenção por conta desses indicadores, destacam-se São João, Faxinal/Menino Deus e Bom Jesus, na periferia sul da cidade. Clique aqui para saber mais.

3. Rendimento mensal, faixa etária e número médio de moradores por domicílio

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A desigual distribuição entre os bairros da cidade de Santa Cruz do Sul dos rendimentos médios mensais das pessoas responsáveis pelos domicílios,  quando relacionada com a também desigual distribuição espacial do número médio de moradores por domicílio e da faixa etária dos moradores, especialmente os idosos, permite identificar quais são os bairros e zonas das cidades com maior risco de contaminação e  de difusão da doença na cidade.  Dentre eles, requerem atenção os bairros com rendas mensais mais baixas e com médias elevadas de moradores por domicílio que se encontram principalmente localizados na periferia sul da cidade. Clique aqui para saber mais.

4. Mulheres responsáveis pelo domicílio e renda até 1 salário mínimo

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Como em outras cidades brasileiras verifica-se também em Santa Cruz do Sul que os bairros que apresentam maior número de mulheres responsáveis pelos domicílios são os mesmos bairros nos quais as pessoas responsáveis pelos domicílios recebem até 01 salário mínimo. A baixa renda das mulheres, somada a responsabilidade do sustento de seus domicílios e pelos serviços domésticos as coloca numa posição de vulnerabilidade em relação aos cuidados e ao isolamento social exigidos na situação de controle de contágio do Covid-19. Clique aqui para saber mais.

5. Infraestrutura de água e esgoto nos bairros

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A disponibilidade nas residências do acesso à infraestrutura e aos serviços de abastecimento de água potável e de coleta de esgotos é de vital importância para a preservação da saúde das pessoas e para adequada higienização dos moradores. A lavagem  frequente das mãos com água e sabão tem sido uma das principais recomendações na prevenção ao vírus. Embora se tenha uma boa cobertura desses serviços na cidade, observa-se que ainda há locais, sobretudo na periferia da cidade, com carência de abastecimento de água e de rede de esgoto sanitário, e que nesse momento de epidemia, precisam ser priorizados e emergencialmente atendidos. Clique aqui para saber mais.

6. População de idosos (grupo de risco) nos bairros

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Saber quanto são os idosos e onde os mesmos vivem na cidade é de fundamental importância para planejar ações locais de prevenção e controle em relação ao Covid-19, bem como ações de acompanhamento e assistência à saúde dessa população potencialmente mais vulnerável. Os bairros com maior percentual de idosos são os do Goiás e do Senai que apresentam, cada um, uma população de idosos que equivale a 20 e 23,7% da população total desses bairros. Clique aqui para saber mais.

7. Distribuição espacial de serviços de saúde em Santa Cruz do Sul

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No mapa vemos a distribuição dos principais serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) no município de Santa Cruz do Sul, divididos em Hospitais, Farmácias (estadual, distrital e municipal), Unidades de Saúde Família, Estratégias de Saúde da Família (ESF), Serviços de Emergência (UPA e PA) e Unidades Básicas de Saúde (UBS). O mapa apresenta ainda a divisão dos bairros segundo o geoprocessamento do município em 2020 e contrasta a população estimada para 2019, classificada em cinco níveis, segundo dados do IBGE.Clique aqui para saber mais.

8. Domicílios com mais de 5 moradores e renda de até 1 salario mínimo em Santa Cruz do Sul

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Este mapa apresenta a distribuição espacial, na cidade de Santa Cruz do Sul (SCS), do número de domicílios particulares permanentes que possuem 5 (cinco) ou mais moradores e os domicílios cuja pessoa responsável recebia rendimentos mensais no valor de até 01 salário mínimo. As informações disponibilizadas no mapa foram produzidas a partir do geoprocessamento dos dados do Censo Demográfico de 2010 (IBGE, 2010), tomando como base os setores censitários do município.Clique aqui para saber mais.

9. Distribuição espacial de comércio de alimentos e produtos de higiene em Santa Cruz do Sul

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A distribuição dos pontos comerciais de gêneros alimentícios, de medicamentos e outros produtos necessários à manutenção das famílias está, a exemplo de outros serviços, concentrada da parte central da cidade em direção à zona norte – basicamente por questões de demanda: maior população e maior poder aquisitivo desta. Isto implica que bairros com menor população e/ou menor renda têm menos acesso a supermercados no próprio bairro, tendo que se deslocar a outros bairros para efetuar suas compras. Clique aqui para saber mais.

10. Rendimento mensal dos responsáveis por domicílios e Situação dos Imóveis Alugados/Posse Precária em Santa Cruz do Sul – RS

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O mapa apresenta a localização dos imóveis residenciais na cidade dividindo-os em duas categorias: imóveis cadastrados em situação de inquilinato/aluguel e imóveis cujo residente/proprietário exerce a posse, mas não possui o domínio legal do imóvel, registrado em matrícula (em virtude de fatores diversos, tais como financiamento não quitado, moradia irregular, contratos de compra e venda não matriculados, etc.). Este dado está relacionado à distribuição dos responsáveis por domicílios e rendimento nominal médio mensal com vistas a identificar onde os impactos econômicos da pandemia podem ser potencialmente mais agudos. Clique aqui para saber mais.

11. Padrões Urbanos: Segregação Sócio Espacial e Distribuição dos Loteamentos Populares e Condomínios Fechados em Santa Cruz do Sul – RS

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Santa Cruz do Sul pode ser considerada, sob diversos aspectos e indicadores, uma cidade próspera com elevada qualidade de vida e alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Entretanto, a distribuição espacial dessa pujança não é homogênea no território municipal em termos demográficos, econômicos e sociais. O mapa apresentado acima demonstra a profunda desigualdade existente, evidenciando as diferentes localizações de produtos imobiliários no espaço urbano. Clique aqui para saber mais.

12. Distribuição espacial de construções comerciais, prestação de serviços e industriais e casos de Covid-19

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A distribuição de das atividades de comércio, serviço e indústrias não é homogênea dentro do tecido urbano e apresenta características próprias oriundas da organização espacial e histórica da cidade, encontrando-se concentrada de maneira diversa dentro da cidade. Ao longo da evolução da curva de contágio e de acordo com o material coletado e produzido durante o monitoramento da epidemia, é possível constatar que dois vetores são necessários para a disseminação do vírus: aglomerações e circulação. Clique aqui para saber mais.